Olá, pessoal! Hoje falarei um pouco sobre as madeiras utilizadas para fabricação de guitarras. Assunto este que é de fundamental importância para obtenção do seu timbre. São inúmeras as possibilidades, devido ao grande números de espécies que podem ser empregadas para a confecção do instrumento como também da mescla das madeiras.
Vou falar um pouco das madeiras clássicas (Ash, Alder, Mogno), mas darei maior atenção as madeiras brasileiras, visto que defendo a utilização de produtos genuinamente nacionais, pois sou a favor da valorização dos nossos produtos que além de serem de excelente qualidade e exclusivos, contribuem para enaltecer nossa biodiversidade, com o crescimento sustentável (utilizando madeira de demolição), com o crescimento da nossa economia gerando emprego e renda. Outro aspecto que me faz defender a utilização das nossas madeiras é a possibilidade de obtermos o nosso próprio timbre, gerando sua identidade musical e afastando a ideia de soar parecido com "Fulano" que é um Guitar Hero, "Beltrano" que ganhou um Grammy, "Zezinho" que aparece na TV... é uma maneira de mostrar o quanto você é único e especial, lhe afastando da filosofia de ser um clone ou espelho de um outro guitarrista...
Postei algumas espécies e reitero que as possibilidades são inúmeras. Segue a lista:
Araribá
O araribá é composto por várias espécies do Gênero Centrolobium spp. as mais utilizadas são o araribá-amarelo, lei nova (Centrolobium microchaete), araribá (Centrolobium ochroxylum), pau-rainha (Centrolobium paraense), araraúba (Centrolobium robustum), araraúba, araruva, araribá-rosa (Centrolobium tomentosum).
Nome estrangeiro: putumuju, canarym, canarywoo, brazilian zebrawood (Centrolobium robustum), rainbow wood (Centrolobium tomentosum).
Nome estrangeiro: putumuju, canarym, canarywoo, brazilian zebrawood (Centrolobium robustum), rainbow wood (Centrolobium tomentosum).
Densidade: 0,79 g/cm³
Características: Madeira amarela ou alaranjada com veios marrons ou avermelhados. Não é tão densa como o maple, possui um bom timbre e muitos graves.
Indicações: Braço e escala
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Araribá |
Auracária
Nome popular: pinho, araucária, pinheiro-do-paraná, pinheiro-brasileiro, pinho-brasileiro, pinho-paraná.
Nome científico: Araucaria angustifólia
Densidade: 0,53 g/cm³
Características: Considerada por alguns luthiers uma das melhorres madeiras brasileiras para tampos de violão.
Indicações: Corpo e braço
Araucária |
Braúna
Nome científico: Melanoxylon brauna
Densidade: 1,05 g/cm³
Características: De cor marrom muito escuro e sem poros, esta madeira substitui muito bem a madeira africana para as escalas. Após ser tratada com óleo, se torna bem negra e praticamente indistinguível. Não é muito estável, assim como o Èbano, porém se bem seca e com um corte bem quarteado funciona admiravelmente. É considerada o ébano brasileiro.
Indicações: Guitarra: braço e escala
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Baraúna |
Canela
Nome popular: canela, canela-parda.
Nome científico: Ocotea odorifera
Densidade: 0,65 g/cm³
Características: Madeira moderadamente pesada, com cor que varia do amarelo ao marrom. Pertence ao mesmo Gênero da Imbuia (Ocotea) e diferencia-se da canela preta por ser menos densa. O gênero canela possui mais de 40 espécies conhecidas, que comumente são denominadas como "canela", sendo importante a sua identificação. Possui um timbre bem agudo com bastante médio grave.
Indicações: braço, corpo e escala.
Canela-parda |
Canela-preta
Nome popular: canela-preta, canela-coqueiro, canela-coqueira, canela-pinho, canela-amarela, canela-broto, canela-bicha
Nome científico: Ocotea catharinensis
Densidade: 0,73 g/cm³
Características: Madeira pesada, com cor que varia do amarelo ao marrom escuro. Possui um timbre bem agudo com bastante médio grave.
Indicações: braço e escala
Canela-preta |
Cedro rosa
Nome Científico: Cedrella odorata
Nome estrangeiro: Spanish cedar, red cedar.
Densidade: 0,46 g/cm³
Características: Madeira rosada, leve, fácil de trabalhar e perfumada, resistente a cupins, brocas e fungos apodrecedores, umas das espécies mais utilizadas para movelaria no Brasil. Em instrumentos musicais, é utilizada para corpo e braços de guitarras e baixos, tampos e braços de instrumentos acústicos em geral, fundo e lateral de violão, corpo de rabeca, congas, atabaques, pandeiros. É pouco compacta, ressonante de média granulação, timbre médio-grave, indicado como bom substituto do mogno, algumas pesquisas mostram que o cedro possui uma velocidade de propagação do som e a densidade a 12% próxima ao alder, entretanto seu decaimento logaritmo se assemelha ao mogno. Utilizada pela Tagima para fabricação dos seus modelos com maior valor.
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Cedro |
Cerejeira
Nome popular: cerejeira, amburana, cumaru do ceará, ambaúrana, amburana de cheiro, angelim, baru, cabocla, cerejeira rajada, cumaré, cumaru, cumaru de cheiro, cumaru do ceará, cumbaru, cumbaru das caatingas, emburana, emburana de cheiro, imburana, imburana brava, imburana cheirosa, imburana de cheiro, louro ingá, umburana, umburana lisa, umburana macho, umburana vermelha, umburana de cheiro.
Nome estrangeiro: roble criollo, palo trébol, ishpingo
Densidade: 0,60 g/cm³
Características: Madeira moderadamente pesada e repleta de poros. Por conta destes poros, o acabamento é um pouco mais complicado. Seu timbre é interessante, com agudos melodiosos e graves de sobra. É indicada para os modelos stratocaster e telecaster.
Cerejeira |
Cumaru
Nome popular: Baru, Camaru-ferro, Cambaru, Cambaru-ferro, Catinga-de-boi, Champagne, Champanha, Combari, Coração-de-negro, Cumari, Cumaru, Cumaru-amarelo, Cumaru-da-folha-grande, Cumaru-de-cheiro, Cumaru-do-amazonas, Cumaru-escuro, Cumaru-ferro, Cumarurana, Cumaru-rosa, Cumaru-roxo, Cumaru-verdadeiro, Cumaruzeiro, Cumaruzinho, Cumbari, Cumbaru, Cumbaru-ferro, Cumbaru-roxo, Emburama-brava, Fava-tonca, Faveira-tonca, Ipê-cumaru.
Nome científico: Dipteryx odorata
Densidade: 1,01 g/cm³
Características: O cumaru é difícil de ser trabalhado, mas recebe excelente acabamento no torneamento. Acabamento ruim nos trabalhos de plaina e lixa, bastante pesada. Devido à natureza oleosa, a Madeira apresenta dificuldade em ser colada. Aceita polimento, pintura, verniz e lustre.
Indicações: Braço e escala
Cumarú |
Freijó verdadeiro
Nome científico: Cordia goeldiana
Densidade: 0,58 g/cm³
Características: Madeira de peso moderado, de cor castanho-claro-amarelado apresenta desenho característico, média granulação, tem brilho e é boa de trabalhar. É bastante utilizada por luthiers do Brasil, possui um bom timbre médio e médio-grave, possui densidade e velocidade de propagação do som bem próxima ao Ash (Fernandes, 2004). Característica confirmada pela Revista Guitar Player que a considerou como substituta do ash, por possuir um timbre similar. Em violões, sua sonoridade e características físicas são similares as dos abetos mais densos, e possui um brilho muito bonito. Ótima para modelos stratocasters, telecasters que buscam um som mais vintage.
Indicações: Corpo e braço
Freijó |
Grapia
Nome estrangeiro: Brazilian Gold Wood
Nome científico: Apuleia leiocarpa
Densidade: 0,91 g/cm³
Características: Madeira pesada, alburno bege, diferenciado do cerne amarelado até castanho claro rosado, a cor tende a escurecer com o tempo, tornado a madeira de coloração castanho. Há pouco referência na internet, pois é uma madeira alternativa. Encontrei luthiers usando em fundo e faixa de cavaquinhos, braço de guitarra e escala de baixo. Não há referências sobre o timbre, mas deve ser bom.
Indicações: braço e escala
Grapia |
Imbuia
Nome científico: Ocotea porosa
Nome estrangeiro: Brazilian walnut
Densidade: 0,65 g/cm³
Características: Madeira moderadamente pesada e bastante estável, de cor muito variada, indo de um tom amarelado ao marrom escuro, pouco porosa e muito dura. Esta madeira é da família das "canelas", sendo muitas vezes confundida com a canela preta. Seu timbre é agudo com bastante médio grave. Comumente é utilizada como top para equilibrar instrumentos construídos com madeiras mais leves. Esta madeira também produz excelentes violões, com graves profundo e bonitos.
Imbuia |
Ipê
Nome científico: Handroanthus serratifolius
Nome estrangeiro: Ipe
Densidade: 1,08g/cm³
Características: Madeira muito dura e fibrosa, possui cor amarelo escuro ou marrom, bastante bonita. Possui um timbre bem estalado, bastante similar ao wenge.
Ipê |
Itaúba
Nome popular: Cedro-pardo, Itaúba, Itaúba-abacate, Itaúba-amarela, Itaúba-grande, Itaúba-penima, Itaúba-piúna, Itaúba-preta, Itaúba-verdadeira, Itaúba-vermelha, Lorê, Louro-itaúba, Nhambiquara.
Nome estrangeiro: Itauba
Densidade: 0,76 g/cm³
Características: A madeira de cor marrom, não apresenta desenho, tendo textura média, pouco brilho e grã variando de ondulada a entrecruzada, bastante dura e difícil de ser trabalhada. Possui um timbre bastante encorpado e grande estabilidade. É usada principalmente em escalas, braços e longarinas para conceder maior estabilidade ao braço.
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Itaúba |
Jacarandá-da-Bahia
Nome popular: jacarandá da bahia, jacarandá preto, caviúna, cabiúna, cabiúna rajada, cabiúna do mato, graúna, caviúno, jacarandá cabiúna, jacarandá caviúna, jacarandá una, pau preto, jacarandazinho.
Nome científico: Dalbergia nigra
Densidade: 1,02 g/cm³
Características: A rainha das madeiras para luteria, preferida como material para laterais e fundo por praticamente todos os luthiers do mundo. Madeira de beleza incomparável e de grande variedade de colorido e figura. Geralmente avermelhada com listras negras, porém as vezes marrom escura ou quase preta. Muito vibrante e sonora, produz um som profundo de timbre muito rico com excelente sustentação. Devido as suas ótimas características, despertou a ambição de todo o mundo acarretando na sua extração descontrolada o que levou praticamente o Jacarandá-da-bahia a extinção, atualmente a extração do Jacarandá da Bahia é proibida pela Lei 9605/98 e instrumentos que possuem o jacarandá que não sejam certificados poderão ser apreendidos e seus donos responderão criminalmente, portanto valorize a natureza e denuncie qualquer comércio ilegal de jacarandá da Bahia.
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Jacarandá-da-Bahia |
Jacarandá-do-Pará
Nome científico: Dalbergia spruceana
Nome estrangeiro: Amazonas Palisander (DE), Amazonas rosewood (GB, US)
Densidade: 1,02 g/cm³
Características: É uma madeira muito parecida com o jacarandá-da-bahia, inclusive anatomicamente, porém o jacarandá-do-pará é mais pesado. Acusticamente é considerada, por alguns luthiers, superior ao jacarandá-da-bahia. O timbre é muito semelhante ao da Bahia.
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Jacarandá-do-Pará |
Jacarandá-rosa
Nome popular: jacarandá, caviúna, caviúna preta, jacarandá graúdo, jacarandá do miúdo, jacarandá rosa, marmeleiro, marmeleiro do mato, marreteiro, nhacarandá.
Nome estrangeiro: Tulipwood/ Brazilian Tulipwood
Densidade: 0,91 g/cm³
Características: Madeira rara, de fundo róseo-amarelado com listas vermelhas ou cor de vinho, com tonalidades que variam muito. É pesada, dura, compacta e muito resistente. Possui um timbre limpo e com um bom sustain.
Jacarandá-rosa |
Jacarandá-violeta
Nome científico: Dalbergia cearensis
Nome estrangeiro: Kingwood
Densidade: 0,89 g/cm³
Características: Madeira muito dura e densa. Possui coloração muito bonita, escura com listras amarelas e vermelhas. Em termos de timbre, é muito semelhante ao jacarandá-da-bahia, com boa articulação, excelente propagação de som e excelente sustain.
Jacarandá-violeta |
Jatobá
Nomes estrangeiros: locust, courbaril, copal, copalier, brazilian cherry.
Nome científico: Hymenaea courbaril
Densidade: 0,76 g/cm³
Características: Sem odor ou gosto característicos, cerne marrom-escuro, alburno marrom-claro, granulação encadeada e textura média, fácil de trabalhar. Possui um timbre médio-grave, bonito e um bom sustain.
Indicações: braço, corpo e escala
Jatobá |
Jequitibá
Nome popular: Congolo-de-porco, estopa, jequitibá-de-agulheiro, jequitibá-branco, jequitibá-cedro, jequitibá-grande, jequitibá vermelho, pau-carga, pau-cixão, sapucaia-de-apito
Nome científico: Cariniana legalis
Densidade: 0,53 g/cm³
Características: madeira fibrosa como o mogno, mas um pouco mais densa e mais pesada. Quando acabada ela tem uma textura semelhante ao marfim. É ótima com os acabamentos, fácil de cortar e lixar.É muito estável e assim como o mogno e o cedro, o movimento depois do corte não é significante como o marfim. O jequitibá é uma madeira excelente para braços também assim como o maple, mogno e cedro rosa. O jequitibá para corpos dão um punsh que fica entre os timbres do mogno e do ash.
Indicações: braço, corpo e escala
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Jequitibá |
Louro Vermelho
Nome popular: Cambará-rosa, Canela-vermelha, Gamela, Itaubão, Louro, Louro-canela, Louro-gamela, Louro-mogno, Louro-rosa, Louro-vermelho, Mogno-tabasco-falso.
Nome científico: Nectandra rubra
Densidade: 0,55 g/cm³
Características: Madeiras sem odor característico, alburno e cerne marrom-amarelados claros, granulação encadeada, textura média. Timbre médio-grave.
Indicações: Corpo, braço e escala
Louro-Vermelho |
Louro-Faia
Nome popular: Canjica, Carne-de-vaca, Carvalho-do-brasil, Carvalho-nacional, Carvalho-rosa, Carvalho-vermelho, Carvoeiro-do-cerrado, Catucanhém, Caxicaém, Faeira, Fruta-de-morcego, Guaxica, Louro-faia, faieira, Patuquiri, Pau-conha-roxo, Pau-de-concha, Tucajé.
Nome científico: Roupala Montana
Nome estrangeiro: Leopardwood/ Brazilian Leopardwood
Densidade: 0,73 g/cm³
Características: Madeira relativamente dura, com densidade básica de 0,73 g/cm3. Destaca-se pelo aspecto diferenciado.
Indicações: Top, escala, corpo
Louro-faia |
Macacaúba
Nome científico: Platymiscium ulei
Nome estrangeiro: granadillo
Densidade: 0,57 g/cm³
Características: Madeira semelhante ao ébano, bem escura e dura, chegando a ficar completamente preta quando oxidada, É bem lisa e tem poros microscópicos. Timbre bem agudo e com graves bem definidos, possui uma velocidade de propagação do som boa e sua densidade se assemelha ao ash.
Indicações: Corpo, braço e escala
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Macacaúba |
Maracatiara
Nome popular: Aderno-preto, Aroeira, Aroeirão, Baracatiara, Gibatão-rajado, Gomável, Gonçaleiro, Gonçalo, Gonçalo-alves, Guarabu-do-campo, Guarabu-rajado, Guaribu-preto, Guaritá-rajado, Gurubó, Jejuera, Maracatiara, Maracatiara-branca, Maracatiara-vermelha, Maracoatiara, Muiracatiara, Muiracatiara-rajada, Muiracoatiara, Muiracoatiara-preta, Muiraquatiara, Pau-gonçalo, Sanguessugueira
Nome estrangeiro: kingwood, zebrawood, south american zebrawood, zorrowood, tigerwood
Densidade: 0,80 g/cm³
Características: Madeira pesada, avermelhada, com a ocorrência de faixas longitudinais enegrecidas, formando figuras. Apresenta uma boa velocidade de propagação do som.
Muiricatiara |
Marfim
Nome científico: Balfourodendron riedelianum
Nome estrangeiro: ivorywood, brazilian ivorywood
Densidade: 0,84 g/cm³
Características: Madeira pesada de cor dourada clara. Sua densidade é boa e similar à dos jacarandás, apresenta diversos tipos de figuras e pode ter a grã reta ou ondulada. Tem boa estabilidade quando bem seca e quarteada. Tem um bom som e tende mais aos agudos.
Indicações: braço e escala
Marfim |
Marupá
Nome Científico: Simarouba Amara.
Densidade: 0,44 g/cm³
Características Gerais: Madeira de baixa granulação, clara leve e ressonante, baixa densidade, sem veios, timbre bem articulado com agudos e graves bem balanceados, e também possui uma ótima velocidade do som. É indicada para corpos de guitarra, especialmente strato e tele que pode ter um timbre e peso de uma guitarra vintage (Tagima utiliza, bem como diversos luthiers). Também é utilizada em tampos de violão.
Marupá |
Mogno
Nome Cientifico: Swietenia Macrophylla
Nome estrangeiro: Brazilian Mahogany
Densidade: 0,63 g/cm³
Características: Madeira muito usada no mundo da música. É moderadamente pesada, com densidade média, boa granulação, muito estável e timbre que favorece o médio-grave. É boa de se trabalhar e o seu aspecto é avermelhado e muito bonito. Bastante utilizada pela Gibson, sendo a madeira de referência para modelos Les paul.
Indicações: Corpo e braço
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Mogno |
Muirapiranga
Nome popular: falso-pau-brasil, conduru, pau-vermelho, pau-rainha.
Nome científico: Brosimum paraense/Brosimum rubescens
Nome estrangeiro: bloodwood, brazilian bloodwood, satiné
Densidade: 0,83 g/cm³
Características: Madeira pesada, dura e de grande resistência. Possui cor vermelho forte, podendo variar até um laranja avermelhado. Madeira pouco usada ainda na luthieria, mas que vem sendo aplicada em partes de instrumentos, e mais recentemente na confecção de laterais e fundos. Possui uma boa sonoridade e dá um ótimo equilíbrio entre médios e agudos. Em escalas e braço produz som limpo, com bom sustain e com bastante brilho.
Indicações: Braço e escala
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Muirapiranga |
Pará-pará
Nome científico: Jacaranda copaia (Aubl.) D.Don.
Densidade: 0,43 g/cm³
Características: Madeira leve e fácil de trabalhar, possuindo densidade de 0,43 g/cm³. Esta madeira é muito semelhante ao Marupá e muitas vezes com este confundido. Segundo um estudo realizado, esta madeira mostrou como uma excelente substituta do Alder.
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Pará-Pará |
Pau-amarelo
Nome popular: Amarelão, Amarelinho, Amarelo, Amarelo-cetim, Cetim, Espinheiro, Limãorana, Muiratanã, Muiratauá, Pau-amarelo, Pau-cetim, Pequiá-cetim, Piquiá-cetim
Nome científico: Euxylophora paraensis
Nome estrangeiro: yeallowheart, brazilian yellowheart
Densidade: 0,77 g/cm³
Características: A madeira apresenta textura fina, alto brilho e grã direita.
Indicações: Guitarra: braço e escala/ Baixo: braço e escala
Amarelo-cetim |
Pau-ferro
Nome popular: pau-ferro, caviúna, jacarandá-ferro, caviúna-vermelha, morado
Nome científico: Machaerium scleroxylon
Nome estrangeiro: morado
Densidade: 0,88 g/cm³
Características: Esta madeira tem um aspecto parecido com o do Jacarandá Indiano. Madeira dura e resistente, possui desenhos e coloração variados. Usada geralmente para fundos e laterais e escalas, ficou mais conhecida pelo uso em laminados como folha decorativa. Produz instrumentos de boa sonoridade, com um timbre mais brilhante que o jacarandá, com excelente sustain e bom acambamento.
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Pau-ferro |
Pequiá
Nome popular: Ameixa-do-peru, Amêndoa-de-espinho, Amêndoa-do-brasil, Amêndoa-do-peru, Grão-de-cavalo, Pequi, Pequiá, Pequiá-branco, Pequiá-bravo, Pequiá-etê, Pequiarana, Pequiarana-da-terra, Pequiá-verdadeiro, Pequiá-vermelho, Pequirana, Pequi-rosa, Pequi-roxo, Petiá, Piqui, Piquiá, Piquiá-bravo, Piquiá-etê, Piquiarana, Piquiarana-da-terra, Piquiá-verdadeiro, Piqui-rosa, Ruamahi, Suari, Uaicá, Vinagreiro.
Densidade: 0,72 g/cm³
Características: Considerada como o "hard maple" brasileiro.
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Pequiá |
Peróba-do-campo
Nome popular: Balsinha, Bucheira, Guatambu, Guatambu-do-cerrado, Moela-de-ema, Muirajuçara, Panacéia, Pau-pereira, Pereira, Pereiro, Pereiro-do-campo, Peroba, Peroba-amarela, Peroba-amarga, Peroba-cetim, Peroba-do-campo, Peroba-do-cerrado, Peroba-mica, Peroba-mico, Peroba-mico-marrom.
Densidade: 0,73 g/cm³
Características: Madeira densa, dura e pesada, mais escura e amarelada que o marfim. É boa de se trabalhar. É bastante estável e seu timbre é excelente, com agudos refindados. Foi muito utilizada pela indústria nacional de instrumentos nos anos 60/70.
Indicações: Braço e Escala
Peroba do Campo |
Roxinho
Nome popular: Caatingueira, Catingueira, Coataquiçauá, Coataquiçava, Coatiquiçauá, Coraci, Guarabu, Mulateiro-da-terra-firme, Pau-mulato, Pau-mulato-da-terra-firme, Pau-roxo, Pau-roxo-da-caatinga, Pau-violeta, Roxinho
Nome científico: Peltogyne spp
Nome estrangeiro: purpleheart
Densidade: 0,93 g/cm³
Características: Apresenta uma cor pardo escura ao corte e vai tomando uma cor roxa com a exposição ao ar. É mais comum o seu uso em escalas, longarinas e detalhes em instrumentos.
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Roxinho |
Sucupira
Nome popular: Cutiúba, Macanaíba, Matanaíba, Sapupira, Sapupira-da-mata, Sebepira, Sepipira, Sicupira, Sucupira, Sucupira-amarela, Sucupira-da-mata, Sucupira-da-terra-firme, Sucupira-marreta, Sucupira-pele-de-sapo, Sucupira-preta, Sucupira-vermelha
Densidade: 0,88 g/cm³
Características: Madeira muito semelhante à imbuia, mas com uma coloração mais uniforme e bem mais estável.
Indicações: Braço e escala
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Sucupira |
Tauari
Nome científico: Couratari guianensis
Densidade: 0,63 g/cm³
Características: Madeira muito versátil, sendo possível utilizá-la para corpo, braço e escala. Se assemelha muito ao Maple.
Indicações: Corpo, braço e escala
Tauari |
Fontes:
FERNANDES, G. A. Avaliação de Madeiras Brasileiras para Utilização em Guitarras Elétricas.Universidade de Brasília, 2004.
LABORATÓRIO DE PRODUTOS FLORESTAIS – LPF. Banco De Dados De Madeiras Brasileiras. http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira>.
http://luthieriabrasil.blogspot.com/p/estudo-madeiras-nacionais-para-luthieria.html
SLOOTEN, H. J. van der. ; SOUZA, M.R. Avaliação das espécies madeireiras da Amazônia selecionadas para a manufatura de instrumentos musicais. Manaus: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 1993.
Parabéns!!!
ResponderExcluirÓtimo conteúdo!!!!!!
Abraços!
Estou fazendo uma guitarra com o braço em sucupira branca. As características são as mesmas das outras?
ResponderExcluirBoa tarde. Estou começando na Lutheria e tenho dificuldade de encontrar algumas especies de madeiras, se puder me ajudar entre em contato. Muito obrigado
ResponderExcluirjuniorbass237@gmail.com
Conteúdo muito rico, vale ouro. Parabéns
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaro Jonh. Se permite, quando tratamos de densidade é praticamente dizer sobre o peso de material, principalmente se feito em comparação dentro do mesmo uso. Os jacarandás quando comparados tem densidade idêntica, portanto o mesmo peso no instrumento. densidades médias/pesos médios , densidade baixa/peso baixo.
ResponderExcluirno mais, muito obrigado pelas informações.
ExcluirOlá meu amigo, estou iniciando nesse ramo, iniciando meu primeiro projeto, um baixo 5 cordas. Agradeço pelas informações relativas as madeiras
ResponderExcluirGostaria de informações sobre o cambará e caxeta.
ResponderExcluirGostei. Foi a melhor fonte de informações sobre madeiras para instrumentação.
ResponderExcluirqual a madeira é silmilar do maple hard americano ?
ResponderExcluirtento entrar com meu email porem não consigo si tiverem respostas mande para elezirgmaceio@gmail.com pois preciso fazer um cepo para piano obrigado !
ResponderExcluirMuito completo essa ilustração esta perfeita...é pra guardar em um livro.
ResponderExcluirSou Cantor, compositor, músico forrozeiro, e Luthier nas Horas vagas...Muito ilustrativo esse conteúdo, faço minhas próprias guitarras e violões. Saio procurando madeiras e guardando...quando encontro agora vou procurar me guiando. valeu mesmo!
ResponderExcluirAlguém já usou bicarbonato para envelhecer o roxinho
ResponderExcluirUm amigo me falou que se eu fizer esse processo o roxinho fica na cor do ébano
Alguém já fez esse teste
Muito boa as informações sobre essas madeiras sonoras nota 10 bem apresentado esse trabalho parabéns más fica um aviso ,comprem madeiras com nota fiscal
ResponderExcluirótimas informações,valeeuu!
ResponderExcluirMaracatiara para fazer braço e corpo?
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